Ser Português é ter na alma a chama imensa. Bem sei que o refrão original não reza assim, mas devia.
A Polónia, conhecida pelas invasões outrora sofridas, voltou a ver as suas fronteiras trespassadas, desta vez pelo grupo da UPG.
Cracóvia, Auschwitz e Varsóvia foram pontos de passagem para 18 aventureiros de todas as idades.
Alentejo, Esposende, Braga, Lisboa, São Vicente (Cabo Verde), Brasil, Suécia e Hungria, representadas num grupo que se mostrou divertido e flexível qb para ultrapassar as dificuldades que a aventura foi apresentando.
A principal motivacão para esta viagem era, dentro do possível, dar a conhecer ao grupo um dos sítios mais marcantes da história do séc. XX: o campo de concentracão de Auschwitz-Birkenau.
Todos já vimos documentários ou filmes que relatam os horrores ali passados, mas, nada se compara à experiência de ver, ouvir e sentir. Lá, onde tudo aconteceu.
Os horrores da II Grande Guerra ganham uma nova dimensão quando se pensa num campo de concentracão que foi criado (pelo menos a sua segunda fase - Birkenau) para pura e simplesmente exterminar pessoas.
A visita de 3,5h foi bastante completa e permitiu, a todos, ficar com uma nocão exacta do que ali se passou. Quando, como e porquê. A mão de obra escrava, o aproveitamento do cabelo, o WC comunitário como local mais seguro, as torturas, a morte só porque sim. Auschwitz, com tudo o que encerra, deveria ser passagem obrigatória em qualquer programa escolar. Não porque impressiona, mas porque nos lembra da sorte que temos hoje e de como nada, absolutamente nada, pode ser dado como adquirido.
O grupo aproveitou também para conhecer a cidade que serviu de base para explorar Auschwitz, a bem conservada Cracóvia.
Uma cidade bonita, ainda com a arquitectura que lembra séculos passados e ruas que contam histórias em cada esquina. Será, por esta altura, a cidade polaca com mais motivos de interesse, que justificam uma visita à Polónia.
Já Varsóvia, a capital, tem claramente outro estilo e influência. Menos bonita, mais moderna. Reza a história que, na altura da II GG, os bombardeamentos em Varsóvia foram tão violentos que 80% da mesma desapareceu. Depois de 1945, pensou o governo polaco em pura e simplesmente deslocar a sua capital, mas, valores mais altos falaram e acabaram por reconstruir uma pequena parte do centro (hoje inscrito no património da Unesco) e o resto, enfim, o resto fio deixado a "cargo" da ocupacão russa, que trouxe os seus blocos de cimento e encheu a cidade de bairros sem cor, vida ou curvas. Num deles está o famoso gueto de Varsóvia.
Regressámos ao fim de 3 noites à Suécia, a Gotemburgo, com a sensacão que o tempo passou depressa e que os dias foram aproveitados até ao limite. Aprendemos todos algo mais e, só por isso, já valeu a pena.
Da nossa parte, na UPG, foi uma honra e um prazer acompanhar este grupo.
Esperamos ter agradado, dentro do possível, a todos e gostaríamos de os ver numa próxima excursão.
Alguém disse que a vida é como um livro e que, quem não viaja, nunca passa da primeira página.
Pois bem, nós na UPG, cá estaremos para ir passando as folhas.
Obrigado a todos.
