Demissão da direção da UPG/CFP

Caros amigos e sócios da UPG,

a actual direção, composta por Tiago Franco, Diamantino da Lage, Jorge Ferreira, Paulo Coutinho, Anilda do Rosário e Sara Lopes da Lage, vem por este meio comunicar aos nossos sócios a sua intenção de apresentar demissão em bloco das suas funções directivas na UPG/CFP, com efeito imediato, passando a administração a ficar a cargo da mesa da assembleia geral, até que se encontrem novos corpos directivos.

Mais informa que, apesar da demissão, todos os eventos já agendados, como por exemplo a viagem a Istambul, serão cumpridos.

Apesar do nosso esforço diário em prol da UPG, do aumento de sócios, da quantidade de eventos realizados, das receitas geradas, da renovação do espaço e do novo sistema de som, das aulas de português, das atividades de zumba, capoeira e futebol, das viagens a Auschwitz e Istambul, dos afterworks e demais eventos que criamos para dinamizar o clube, a realidade é que parece que não conseguimos agradar ao longo destes 9 meses que levamos de mandato.

Entre ataques pessoais a membros da direção e constantes críticas a tudo, mas tudo o que se tem feito, atingimos um limite de paciência e não estamos por isso disponíveis para continuar a prejudicar a nossa vida pessoal em nome da UPG, para nos sujeitarmos a isto.

Crítica construtiva sempre foi pedida e bem-vinda, já o constante “bota-abaixo”, ao fim de algum tempo aborrece. Desde Dezembro/Janeiro já nos criticaram por:

1-  Deixar entrar no clube pessoas que não são sócias;

2 - Não alugar um autocarro para um evento que sabíamos de antemão que ia dar prejuízo;

3 - Não permitir que crianças brinquem no salão durante aulas de capoeira;

4 - Não ter uma diferença de preços suficientemente grande, apenas 50kr em média, entre sócios e não-sócios em cada evento/jantar;

5 - Fazer uma campanha para angariar novos sócios durante o Mundial de Junho por apenas 100kr;

6 - Renovar o clube e não guardar muitos dos enfeites antigos que lá estavam;

7 - Fazer jantares com entrada, buffet, café e música ao vivo por 120kr e isso ser considerado caro demais;

8 - Reduzir o preço da cerveja num afterwork;

9 - Permitir a entrada de pessoas de outras nacionalidades, nomeadamente angolana e cabo-verdiana;

10 - Cancelar um concerto por doença do cantor;

11 - Permitir que um sócio alugue o clube inteiro, pagando mais do dobro do valor normal de aluguer, num dia em que o clube estaria praticamente vazio;

12 - Fechar o clube num fim-de-semana em que o grupo de bar se recusa a ir trabalhar;

13 - Pedir que, durante um jogo de cartas, as pessoas gritem ligeiramente menos para isso não incomodar os demais convivas;

14 - Colocar mesas para um jantar grande na zona do bar e atrapalhar quem queria jogar às cartas;

15 - Não oferecer vinho do Porto, de forma gratuita, em eventos;

16 - Não ter mais comida para vender ao fim de 4 horas a servir 100 pessoas;

17 - Não servir vinho branco de determinada marca que por acaso é o único que a pessoa gosta;

18 - Não ter música ao vivo na festa de Ano Novo;

19 - Ter DJ ou playlist nas festas;

20 - Ter música ao vivo que não agrada;

21 - Ter pessoas a prestar serviços (restauração) repetidamente no clube quando mais ninguém está disponível;

22 - Servir comida na festa de Ano Novo e não fazer apenas como antigamente, em que cada pessoa trazia de casa;

23 - Fechar as inscrições para uma viagem assim que esta atinge um número elevado de participantes, mesmo que isso aconteça antes do final do prazo de inscrições;

24 - Considerar que o pagamento de uma quota anual deveria dar acesso a tudo o que se faz ao longo do ano sem qualquer custo extra;

25 - Ter uma diferença pequena entre sócio e não sócio no preço da viagem (200kr);

26 - Não permitir que sejam os sócios a decidir em que eventos deve o clube gastar o budget;

27 - Não baixar as quotas familiares de 700kr;

28 – Não convocar uma Assembleia Geral por cada decisão que se tome;

29 – Existirem elementos da direção que não trabalham e não aparecem na UPG.

Há uma direção eleita para decidir e responder por isso perante os sócios. E há um sítio para responder: a Assembleia Geral, no final do mandato ou qualquer reunião extraordinária convocada por sócios.

Mas também há quem não compreenda isso e queira decidir tudo, sem querer assumir cargos e responsabilidades.

Nós criámos reuniões e espaços de debate para que os sócios pudessem aparecer e, olhos nos olhos, fazerem as suas críticas. A comparência foi quase nula. Existem assembleias onde pode e deve ser discutida a vida do clube…na última, apareceram 10 pessoas. No entanto, semanalmente, temos que nos sujeitar às críticas de quem nada faz, nem deixa fazer.

Chega desta guerrilha, chega de difamações e chega de constantes interferências no trabalho da direção.

Estamos certos que quem nos critica, de manhã, de tarde e de noite, terá certamente mais ideias, estratégias e planos para o futuro da UPG.

Assim sendo, afastamo-nos do caminho para não prejudicar e desejamos toda a sorte aos novos corpos dirigentes.

Queremos aproveitar para agradecer a quem nos ajudou, incentivou e colaborou na vida da UPG durante este período. E foram muitos, felizmente.

Foi um prazer tentar.

Um abraço para todos e viva à UPG!

Assinam:

Tiago Franco

Anilda do Rosário

Jorge Ferreira

Paulo Coutinho

Diamantino da Lage

Sara da Lage